segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte III - Marcos 13:14-23


Serie de Sermões em Marcos
Titulo: Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte III - Marcos 13:14-23
Pregado na manhã de Domingo, do dia 12 de Fevereiro de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

Versão em Vídeo
Marcos 13: 14-23 14 "Quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’ no lugar onde não deve estar — quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes. 15 Quem estiver no telhado de sua casa não desça nem entre em casa para tirar dela coisa alguma. 16 Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto. 17 Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! 18 Orem para que essas coisas não aconteçam no inverno. 19 Porque aqueles serão dias de tribulação como nunca houve desde que Deus criou o mundo até agora, nem jamais haverá. 20 Se o Senhor não tivesse abreviado tais dias, ninguém sobreviveria. Mas, por causa dos eleitos por ele escolhidos, ele os abreviou. 21 Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo! ’ ou: ‘Vejam, ali está ele! ’, não acreditem. 22 Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. 23 Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente.
Introdução e Contextualização:
A graça de Deus deve ser o nosso firme fundamento. Paulo nos diz que pela graça nós somos salvos (Ef 2). Deus sempre se revelou como um Deus gracioso (Ex 34:6). E não há lugar melhor para refletirmos sobre a graça de Deus do que na cruz de Cristo. Na imensa escuridão da cruz é que brilha com mais intensidade a graça de Deus.
E é sobre todo o processo da crucificação e ascensão que Jesus alerta os Seus discípulos. Apesar de todo sofrimento, frustração e incompreensão, serão naqueles momentos que a graça de Deus irá superabundar!
Que a graça triunfante de Cristo na cruz seja o nosso guia enquanto atravessamos esse maravilhoso capítulo no evangelho de Marcos!
CONTEXTO:
Após um dia de intensos e raivosos debates dentro do templo (11:27-12:44), Jesus e Seus discípulos abandonam àquele lugar (13:1a) – simbolizando o julgamento de Deus naquele lugar. Enquanto eles saiam, um dos discípulos comenta sobre o templo e a cidade de Jerusalém (13:1b). Muito mais que um mero comentário de um caipira da Galiléia na cidade de Jerusalém, as palavras do discípulo são uma tentativa de encorajar e animar Jesus. Aqueles homens ainda tinham como base da fé deles a Teologia de Sião, na qual as pessoas eram encorajadas a olhar para o templo, andar pela cidade e meditar na segurança e esperança que eles refletiam (Sl 48; 132 [vs 7-8,13-15]; 134).
A resposta de Jesus é chocante, pois ao invés de concordar com a Teologia de Sião, Jesus libera palavras inimagináveis (13:2). Jesus promete a destruição daquele lugar. Mas Ele não estava falando da construção em si, mas sim de tudo o que aquele templo representava. O templo representava uma religião incapaz de promover o verdadeiro perdão; o templo apontava para Cristo. É na morte de Jesus, quando o véu é rasgado e o sangue de Cristo derramado que o templo é totalmente destruído – a partir daquele momento, aquele lugar, aquela religião, é cumprida e perde todo o valor. Essas foram as últimas palavras de Jesus em público, e a partir de então as pessoas começam a rejeitar Jesus - a euforia acaba e ódio daqueles que antes O apoiavam começa a crescer.
Mais tarde Jesus se encontra no Monte das Oliveiras de frente para o templo – a imagem é de Jesus, a glória de Deus abandonando o templo e se posicionando como um inimigo daquele sistema (Ez 11:22-23; Zc 14:3-4).
Os discípulos, quando em particular (13:3), perguntam sobre o evento profetizado por Jesus. Pois para eles o templo era o lugar do reinado do Messias. O templo era a garantia de vitória. Como poderia Jesus falar que aquele lugar seria destruído?
Eles fazem duas perguntas (13:4): 1) Quando? – essa é uma pergunta normal e esperada; 2) Quais os sinais? – essa pergunta é um problema, pois como Marcos nos mostra, quem pedia por sinais eram os hipócritas e inimigos de Jesus.
Jesus passa grande parte do discurso alertando Seus discípulos sobre os perigos da busca por sinais (13:5,9 – cuidado!). Ao invés de procurar sinais eles devem cuidar de suas próprias vidas, pois os dias são terríveis – esses são os últimos dias de Israel como foram profetizados pelos profetas (Sf 1:7-8; Joel 2:31; Malaquias 4:5). Jesus os lembra que eles não são meros espectadores e que a prioridade é o compromisso em pregar o Evangelho e perseverar nessa tarefa (13:10,13).

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