terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte IV - Marcos 13:24-31


Série de Sermões em Marcos
Título: Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte IV - Marcos 13:24-31
Pregado na manhã de Domingo, do dia 19 de Fevereiro de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

Versão em vídeo

Marcos 13:24-31 24 "Mas naqueles dias, após aquela tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; 25 as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’. 26 "Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27 E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. 28 "Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. 29 Assim também, quando virem estas coisas acontecendo, saibam que ele está próximo, às portas. 30 Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam. 31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão".

Introdução e Contextualização:
As pessoas são fascinadas com as histórias e todos os mistérios sobre o fim dos tempos. A história da igreja está repleta de pessoas que profetizaram o fim do mundo, declararam a data da volta de Jesus, porém nada ocorreu! Até a nossa histórica Guerra de Canudos (1897) foi alvo dessa fascinação. Antônio Conselheiro cria que a República era o anticristo e que todas as mudanças que estavam ocorrendo apontavam para o fim do mundo.
No ano passado (2011) tivemos outro caso que ficou bem conhecido – Harold Camping [que já havia profetizado a volta de Jesus para 1994] falou que o fim do mundo chegaria em 21 de maio de 2011. Bem, essa data passou e aqui estamos nós.
As pessoas adoram procurar sinais nos acontecimentos históricos como fundamento para a interpretação de passagens bíblicas! Eventos como a restauração de Israel em 1948, os exércitos russos, o crescimento do islamismo e presidentes de nações são um prato cheio para essas pessoas.
Em dias em que as pessoas são levadas por todo vento de doutrina com relação aos ensinos sobre o fim dos tempos, que os avisos de Jesus para os Seus discípulos em Marcos 13 tenham efeito em nós - “Cuidado!”, “Fiquem atentos!”. Que a nossa atenção esteja nos claros ensinos do nosso Senhor. Que possamos entender as palavras de Jesus nesse maravilhoso discurso para podermos estar firmes e seguros na sã doutrina!

CONTEXTO:
Após um dia de intensos e raivosos debates dentro do templo (11:27-12:44), Jesus e Seus discípulos abandonam àquele lugar (13:1a) – simbolizando o julgamento de Deus sobre aquele lugar. Enquanto eles saiam, um dos discípulos comenta sobre o templo e a cidade de Jerusalém (13:1b). Muito mais que um mero comentário de um caipira da Galiléia na cidade de Jerusalém, as palavras do discípulo são uma tentativa de encorajar e animar Jesus. Aqueles homens ainda tinham como base da fé deles a Teologia de Sião, na qual as pessoas eram encorajadas a olhar para o templo, andar pela cidade e meditar na segurança e esperança que eles refletiam (Sl 48; 132 [vs 7-8,13-15]; 134).
A resposta de Jesus é chocante, pois ao invés de concordar com a Teologia de Sião, Jesus libera palavras inimagináveis (13:2). Jesus promete a destruição daquele lugar. Mas Ele não estava falando da construção em si, mas sim de tudo o que aquele templo representava. O templo representava uma religião incapaz de promover o verdadeiro perdão; o templo apontava para Cristo. É na morte de Jesus, quando o véu é rasgado e o sangue de Cristo derramado, que o templo é totalmente destruído – a partir daquele momento, naquele lugar, aquela religião é cumprida e perde todo o valor. Essas foram as últimas palavras de Jesus em público, e a partir de então as pessoas começam a rejeitar Jesus - a euforia acaba e ódio daqueles que antes O apoiavam começa a crescer.
Mais tarde Jesus se encontra no Monte das Oliveiras de frente para o templo – a imagem é de Jesus, a glória de Deus abandonando o templo e se posicionando como um inimigo daquele sistema (Ez 11:22-23; Zc 14:3-4). Os discípulos, quando em particular (13:3), perguntam sobre o evento profetizado por Jesus. Pois para eles o templo era o lugar de reinado do Messias. O templo era a garantia de vitória. Como poderia Jesus falar que aquele lugar seria destruído?
Eles fazem duas perguntas (13:4): 1) Quando? – essa é uma pergunta normal e esperada; 2) Quais os sinais? – essa pergunta é um problema, pois como Marcos nos mostra, quem pedia por sinais eram os hipócritas e inimigos de Jesus. Jesus passa grande parte do discurso alertando Seus discípulos sobre os perigos da busca por sinais (13:5,9 – cuidado!). Ao invés de procurar sinais eles devem cuidar de suas próprias vidas, pois os dias são terríveis – esses são os últimos dias de Israel como foram profetizados pelos profetas (Sf 1:7-8; Joel 2:31; Malaquias 4:5). Jesus os lembra que eles não são meros espectadores e que a prioridade é o compromisso em pregar o Evangelho e perseverar nessa tarefa (13:10,13).
O versículo 14 traz uma mudança [a sentença começa com a conjunção ‘mas’]. Se os versículos 5-13 não apontam para sinais, o versículo 14 começa a sinalizar a destruição do templo. Os versículos 14-23 relatam um grande sinal – o sacrilégio terrível - e com ele a tribulação mais severa da história da humanidade, que sinalizariam a chegada do fim. E esses seriam tempos tão terríveis que só lhes restariam fugir e orar pela graça de Deus!
Jesus passa agora a responder QUANDO tudo isso irá ocorrer (vs.24-31), respondendo assim a primeira pergunta do discípulo (v.4).

DIVISÃO DO ESTUDO:
I – O TERRÍVEL JULGAMENTO (Vs.24-25)
II – A MARAVILHOSA VINDA DO FILHO DO HOMEM (V.26)
III – O SOBERANO PODER (V.27)
IV – QUANDO SERÁ TUDO ISSO (Vs.28-31)


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