Série de Sermões em Marcos
Passagem: Marcos 14:1-11
Título: Unção e Traição: A
Soberania de Deus na Trama da Crucificação de Jesus
Parte 2
Pregado na manhã de Domingo, do
dia 11 de Março de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas
Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros
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Versão em vídeo
Marcos
14:1-11 1 Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e
para a festa dos pães sem fermento. Os chefes dos sacerdotes e os mestres da
lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em algum erro e matá-lo. 2 Mas
diziam: "Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o
povo". 3 Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem
conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco
de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o
frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. 4 Alguns dos presentes
começaram a dizer uns aos outros, indignados: "Por que este desperdício de
perfume? 5 Ele poderia ser vendido por trezentos denários, e o dinheiro dado
aos pobres". E a repreendiam severamente. 6 "Deixem-na em paz",
disse Jesus. "Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para
comigo. 7 Pois os pobres vocês sempre terão consigo, e poderão ajudá-los sempre
que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão. 8 Ela fez o que pôde.
Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o
sepultamento. 9 Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado,
em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória". 10 Então
Judas Iscariotes, um dos Doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim de
lhes entregar Jesus. 11 A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro.
Assim, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo.
Introdução:
Muitos
tentam ignorar o Jesus das Escrituras, pois quando estudamos de forma sincera a
vida de Jesus, nós vemos que Ele não foi só um grande revolucionário, nem só um
grande mestre de éticas e filosofia, nem mesmo somente um grande exemplo de
homem, como muitas religiões gostam de definir Jesus Cristo. Muitas das
palavras proferidas por Jesus eram extremamente duras e inaceitáveis aos homens
[Jo 6:65,66- Ao ouvirem isso, muitos dos
seus discípulos disseram: "Dura é essa palavra. Quem consegue
ouvi-la?" 66Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram
atrás e deixaram de segui-lo].
Isso
se dava porque Jesus falava a verdade. As palavras de Jesus eram e são como a
luz, elas brilham na escuridão. Mas a maioria rejeita a luz, por que a luz incomoda,
ela mostra nossos pecados e as trevas dos nossos corações.
Só
há dois tipos de reação quando a Luz do Evangelho (Jesus) brilha em nossas
trevas: 1 - ódio total para com Ele [Jo
3:19-20 Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as
trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. 20Quem pratica o mal odeia
a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas]; ou 2 - total dependência da graça
dEle [Jo 3:21 Mas quem pratica a
verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são
realizadas por intermédio de Deus].
Não
existe ‘meio-termo’ com Jesus, não existe campo neutro e nem ‘eu gosto de
Jesus’. As pessoas que ficam no ‘meio’ [não O adoram como Deus e Messias e não
o rejeitam com ódio] é porque ainda não tiveram uma profunda exposição dos
ensinos e da vida de Jesus.
Ninguém
permanece neutro com Jesus.
Foi
Jesus mesmo quem disse, “Aquele que não
está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha” (Mt 12:30).
Jesus
é o nome que mais traz divisão na história da humanidade. Ele mesmo prometeu
isso. [Mt 10:34-39 34"Não pensem que vim trazer paz à terra;
não vim trazer paz, mas espada. 35Pois vim para fazer que ‘o homem fique contra
seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; 36os inimigos do
homem serão os da sua própria família’. 37"Quem ama seu pai ou sua mãe
mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do
que a mim não é digno de mim; 38e quem não toma a sua cruz e não me segue, não
é digno de mim. 39Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por
minha causa a encontrará]
E
isso se dá não porque Ele não era e é amoroso – Jesus não traz divisão por ser
rancoroso e sem compaixão, pelo contrário, mas por causa do Seu grande amor
pelos homens Ele sempre falava a verdade, mas quando a verdade de Cristo nos
confronta - só há duas reações: arrependimento e carência pelo Seu toque ou
ódio e rejeição.
Steve
Lawson disse que Jesus é o maior polarizador de todo o mundo. Polarizador é
alguém que traz posições extremas. Polarizar é definido no dicionário como
‘estabelecer dois polos opostos’. E é assim com Jesus – as pessoas são atraídas
a Ele em reverência e adoração ou elas são expelidas com ódio e rejeição para
com Ele.
Quanto
mais somos expostos a Jesus e Seus ensinos - mais somos atraídos a uma
dependência total da graça e amor Dele ou mais sentimos ressentimento e
desprezo para com Ele.
Como
está o seu coração? A cada domingo, a cada vez que o Evangelho lhe é pregado –
o seu coração tem sido atraído a Jesus em reverência e dependência ou em
descaso e desprezo pelas coisas do Senhor?
Essa
história em Marcos 14 nos mostra exatamente esses dois polos tão extremos que
Jesus traz: enquanto alguns querem matá-Lo e querem Ele e Suas palavras bem
longe deles – outros querem Jesus o mais pertinho possível e sacrificam tudo
para adorá-Lo de forma extravagante.
CONTEXTO:
Os
capítulos 11 e 12 nos mostram o ódio dos líderes religiosos de Israel para com
Jesus. O capítulo 13 é o grande discurso precursor para os eventos que começam
a se desvendar aqui. Para o que o capítulo 13 antecipou e prometeu, os capítulos
14-16 trazem desdobramento e cumprimento.
Todo
o confronto entre Jesus e os líderes religiosos - que começou logo no início do
Seu ministério (3:6) e se intensificou de forma incontrolada no templo - chega
ao seu ápice nessas cenas finais de Marcos.
OBSERVAÇÃO
IMPORTANTE SOBRE O CAPÍTULO 14:
*
Marcos 14:1-11 é estruturado de uma forma temática e não cronológica - com o
propósito de mostrar como Jesus sempre causa uma entre duas reações: amor ou
ódio!
O
evento narrado nos vs. 3-9 ocorreu no sábado, quando Jesus chegou à Betânia
para celebrar a Páscoa (João 12). Mas Marcos o coloca mais tarde, pois ele quer
mostrar o contraste entre a hostilidade e ódio dos líderes religiosos e de
Judas e o carinho, amor e fidelidade de Simão e Maria. Portanto, Marcos 14:3-9
é o mesmo evento de João 12:1-8.
Divisão do Estudo:
i
– a conspiração (vS.1-2)
II
– a adoração (v.3)
iii
– a oposição (vs.4-5)
iv
– a repreensão (vs.6-7)
v
- a exaltação (vs.8-9)