segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Sola Scriptura


Passagem: I Timóteo 3:1-7 / Tito 1:5-9
Título: Sola Scriptura
Pregado na manhã de domingo, do dia 10 de Fevereiro de 2013,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Ricardo Lima 



2 Tm 3:16-17: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça,   para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.

“Em uma época quando muitos evangélicos parecem estar se voltando em massa para a esperteza mundana nas áreas de psicologia, negócios, política, relacionamentos e entretenimento, as Escrituras nos são indicadas como a única fonte que podemos recorrer para encontrar a infalível verdade espiritual.” John MacArthur [1]

O estudo está dividido em 4 partes:
I – CONTEXTO HISTÓRICO
II - A CONTESTAÇÃO CATÓLICA ROMANA – O CONCÍLIO DE TRENTO (1545)
III - A BÍBLIA OU PROFECIAS?
IV – CONCLUSÃO/APLICAÇÃO


CONTEXTO HISTÓRICO
Desde o século XIV a igreja passava por profundos desvios morais e teológicos . Homens como John Wycliff, John Huss, Girolamo Savonarola, considerados os precursores da reforma já mostravam descontentamento com os rumos da igreja medieval. Esse decontentamento foi aumentando até culminar na Reforma Protestante do século XVI, sob a batuta de Martinho Lutero, um monge alemão que, ao dedicar-se aos estudos das Escrituras descobriu que “O justo viverá por fé” (Rm. 1:17).  Após esta descoberta, ele que já havia feito tudo o que a igreja indicara para ter paz com Deus, finalmente encontrou a graça divina. Junto a ela, muniu-se de argumentos bíblicos para refutar as práticas eclesiais de então.
No dia 31 de outubro de 1517, na Alemanha, Lutero afixou na porta da capela de Wittenberg as suas 95 teses, onde questionava as penitências, a autoridade do papa, as indulgências entre outras coisas. Era o início da Reforma Protestante.
Paralelamente, na Suíça, Zwinglio também liderava uma reforma, seguido por Guilherme Farel, João Calvino, John Knox e outros que deram forma e continuidade ao movimento.

Para Lutero, o termo sola, da Sola Scriptura estava inseparavelmente relacionada com a singular inerrância bíblica. Foi porque os papas podiam errar e de fato erravam e os Concílios também poderiam e de fato erravam, que Lutero veio a perceber a supremacia das Escrituras. Lutero não desprezava a autoridade da igreja nem repudiava os Concílios da Igreja como sem valor. Seu louvor ao Concílio de Nicéia é notável. Paul Althaus resume a linha de pensamento de Lutero, dizendo:
Nós podemos confiar incondicionalmente somente na Palavra de Deus e não no ensinamento dos pais da igreja, pois os professores da Igreja podem errar e já erraram. Escritura nunca erra. Por isso, ela tem autoridade incondicional. A autoridade dos teólogos da Igreja é relativa e condicional. Sem a autoridade das palavras da Escritura, não se pode estabelecer direções sólidas e claras para a Igreja”.[2]

Depois que Lutero afixou suas Noventa e Cinco Teses, uma série de debates, correspondências, acusações, e contra-acusações se seguiram, culminando na defesa dramática de Lutero em Worms.

No verão de 1519, em Leipzig, Alemanha, aconteceu o encontro dramático entre Lutero e Johannes von Eck. Neste debate Eck incitou Lutero a admitir sua crença de que não só o papa podia errar, mas também Concílios da Igreja podiam e realmente erravam. Lutero deixou clara sua afirmação:Só a Escritura é a autoridade divina final em todos os assuntos relativos à religião.” [2]

Então, em 1521, quando Lutero foi convocado a apresentar-se à Dieta de Worms, o princípio da Sola Scriptura já estava bem estabelecido na sua mente e trabalho. Nessa ocasião, já rodeado de ameaças de morte,  excomungado da igreja católica, haveria de responder se tinha realmente escrito aquelas teses e livros e se mantinha tudo o que havia dito. Então, ele sustentou sua famosa defesa perante Carlos V, rei da Espanha e imperador da Alemanha: "Visto que vossa majestade e vós poderosos senhores me exigem uma resposta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e essa resposta é a seguinte – não posso submeter a minha fé nem ao papa, nem aos concílios, porque é claro como o dia que eles muitas vezes tem caído em erro, até nas mais palpáveis contradições, com eles próprios. Se, portanto, não me convencerdes pelo testemunho das Escrituras, se não me persuadirdes pelos próprios textos que tenho citado, libertando assim a minha consciência por meio da Palavra de Deus, eu não posso nem quero retratar-me, porque não é seguro para um cristão falar contra a sua consciência". Em seguida, olhando em volta daquela assembléia, no meio da qual se conservava de pé, e que tinha bastante poder para o condenar, disse – "Tenho dito... aqui estou. Não posso proceder de outro modo... Deus me ajude! Amém".
Muitos o aclamaram e outros tantos queriam queimá-lo. Entretanto, a divina providência o manteve vivo para dar continuidade ao seu trabalho e expandir a reforma e o acesso à Bíblia  para todo o mundo.

Podemos resumir a Sola Scriptura como o ensinamento e a crença de que há apenas uma revelação especial de Deus que o homem possui hoje, as Escrituras escritas, ou, a Bíblia, e que, consequentemente, as Escrituras são materialmente suficientes e são, por causa de sua própria natureza inspirada por Deus, a autoridade máxima para a Igreja. Isto significa que não há nenhuma parte da revelação que foi preservada na forma de tradição oral, independente da Escritura. [3]
A Confissão de Fé de Westminster afirma: Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, ... todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática...   A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus... O Velho Testamento em Hebraico... e o Novo Testamento em Grego..., sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal... O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.(I, 2,4,8,10).
Veja Ap. 22:18-19 - Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.
Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.

A CONTESTAÇÃO CATÓLICA ROMANA – O CONCÍLIO DE TRENTO (1545)
A abertura do Concílio de Trento deu-se 28 anos depois do rompimento de Martinho Lutero com Roma (outubro de 1517) e nove anos depois da primeira edição das Institutas da religião cristã, de João Calvino. Por ocasião da abertura do Concílio (13 de dezembro de 1545), todos os reformadores, exceto Zwinglio, ainda estavam vivos: Martinho Lutero com 62 anos, Guilherme Farel com 56, Filipe Melanchton com 48, João Calvino com 36 e João Knox com 31. Lutero morreria no ano seguinte (1546). [4]
O propósito do Concílio de Trento era fazer frente à Reforma Protestante, reafirmando as doutrinas tradicionais. [4] 
A Igreja Católica Romana também aceita as Escrituras como Palavra de Deus, mas não só as Escrituras. Ela acredita que as decisões da Igreja através dos seus concílios e do papa, quando fala oficialmente (ex cathedra) em matéria de fé e de moral, são igualmente a palavra de Deus, infalível. [5]
Declarou-se que a revelação de Deus não estava contida unicamente nas Escrituras. Ela estava contida em parte nas Escrituras escritas e em parte na tradição oral e, portanto, as Escrituras não eram materialmente suficientes.
Para a justificar tal alegação, apelaram para a declaração de Paulo em 2 Tessalonicenses 2:15, [Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.]. Roma afirma que, com base no ensinamento de Paulo nesta passagem, o ensino da Sola Scriptura é falso, já que ele deixou ensinos aos Tessalonicenses tanto na forma verbal quanto escrita. Mas o que é interessante no tal apelo é que os apologistas romanos nunca documentaram as doutrinas específicas que Paulo está se referindo,  as quais eles afirmam que possuem e que são obrigatórias a todos os homens. Em todos os escritos dos apologistas da Reforma até os dias de hoje, ninguém foi capaz de listar as doutrinas que compõem esta suposta Tradição Apostólica oral. Eu desafio qualquer um a listar as doutrinas Paulo está se referindo em 2 Tessalonicenses 2:15, que diz que ele entregou oralmente aos Tessalonicenses. [3]

É nos escritos de Irineu e Tertuliano, em meados para o final do século II, que primeiro encontramos o conceito de Tradição Apostólica que é preservada na Igreja de forma oral.
Mas tudo o que eles queriam dizer é que os bispos ensinavam as verdades oralmente e se alguém quisesse aprender a verdadeira Tradição Apostólica, poderia aprender simplesmente ouvindo o bispo em alguma igreja ortodoxa da época. Não há nenhum apelo a uma Tradição Apostólica que fosse à parte da Escritura. Eles foram enfáticos em que todo o ensino dos bispos da época estava fundamentado nas Escrituras e poderiam ser provados pela Palavra escrita.
O próprio Irineu diz: "Aprendemos de nenhum outro o plano de nossa salvação, senão daqueles através de quem o evangelho chegou até nós, o que eles fizeram uma vez proclamarndo em público, e, em um período posterior, pela vontade de Deus, transmitida até nós nas Escrituras, para ser o fundamento e pilar de nossa fé " [3]

A Tradição Apostólica para Irineu e Tertuliano é simplesmente a Escritura.

O ensino de um corpo separado da revelação apostólica conhecido como Tradição, que é de natureza oral, originou, não com a Igreja cristã, mas com o gnosticismo, que foi duramente combatido por Irineu e Tertuliano.
E eles são representantes dos pais da igreja como um todo. Cipriano, Orígenes, Hipólito, Atanásio, Firmiliano, Agostinho são apenas alguns dos pais que poderiam ser citados como proponentes do princípio de Sola Scriptura, além de Tertuliano, Irineu, Cirilo e Gregório de Nissa. A Igreja Primitiva operou sobre a base do princípio da sola scriptura e foi este princípio histórico que os Reformadores procuraram restaurar à Igreja. [3]
Concluímos que não existe um ensino separado da escritura, que exista por si só. Todo ensino e doutrina que foram transmitidos verbalmente estão fundamentados nas escrituras e se não puderem ser provados pelas mesmas devem ser rejeitados in limine (de cara).
Efésios 2:19-20
Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;

A igreja jamais pode ter autoridade sobre as Escrituras, pois não foi a igreja que formou as Escrituras, mas vice-versa.
Portanto, a Igreja não se coloca acima da Escritura pelo fato de ter definido o seu cânon (Novo Testamento). A afirmação de que a igreja estabeleceu o cânon é verdadeira; mas o evangelho estabeleceu a igreja, e a autoridade da Escritura não está no cânon, mas no evangelho. [6]

A BÍBLIA OU PROFECIAS?
Leia II Pe 1:19-21: Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.
A Declaração de Cambridge enfatiza que a obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. Sem as Escrituras, nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade. [7]
Logicamente, a vida cristã também implica em experiências pessoais com Deus, devendo transcender uma aceitação puramente racional das doutrinas. Há, porém, aqueles que passam por experiências místicas e julgam ser provenientes do Espírito ou do próprio Deus. Desta experiência tiram novas doutrinas, formas de culto, “revelações” sobre a vida de outras pessoas, profecias etc.
A Confissão de Fé de Westminster assim define a suficiência das Escrituras:
Todo o conselho de Deus relativo a todas as coisas necessárias para a sua própria glória, a salvação do homem, a fé e a vida, ou está expressamente declarado na escritura, ou por correta e necessária conseqüência pode ser deduzido a partir da escritura: à qual nada, em tempo algum, deve ser acrescentado, seja por novas revelações do Espírito, ou por tradições dos homens (1:6) [3]
Lemos em Dt. 4:2 - Nada acrescentem às palavras que eu lhes ordeno e delas nada retirem, mas obedeçam aos mandamentos do Senhor, o Deus de vocês, que eu lhes ordeno.

CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
No culto:
Os reformadores aplicaram a Sola Scriptura à adoração, estabelecendo o que eles chamaram de Princípio Regulador. Calvino foi o primeiro a articular de maneira sucinta esse princípio:

“Não podemos adotar qualquer artifício [em nosso culto] que pareça satisfazer a nós mesmos, e sim levar em conta as exortações dAquele que tem o direito de prescrevê-las. Portanto, se desejamos que Ele aprove nosso culto, esta regra, que Ele mesmo enfatiza com muita rigidez, tem de ser observada com zelo... Deus reprova todos os tipos de cultos não sancionados expressamente por sua palavra”. [1]

Nossa cosmovisão:
Nas palavra de John MacArthur: “A Sola Scriptura não diz que toda verdade, de toda natureza, encontra-se nas Escrituras nem diz que tudo o que Jesus ou os apóstolos ensinaram foi preservado na Bíblia, mas apenas aquilo que é essencial à nossa consciência e tudo aquilo que Deus requer de nós. muitas questões importantes em que a Escritura se cala (...) Porém, a Escritura é a autoridade máxima e suprema sobre qualquer assunto em que se pronuncie.” [8]

A Palavra de Deus está acima de qualquer ciência dos homens.
Quando há algum aparente conflito entre a Bíblia e a ciência, podemos ter certeza que é porque a ciência ainda não encontrou a verdade. A ciência muda, a Bíblia não.

Talvez o maior desfio dos cristãos contemporâneos, em matéria de inerrância bíblica, seja rebater as críticas das pseudo-ciências à Palavra. Desde o advento do Iluminismo, há uma nefasta tentativa de se colocar a ciência em oposição à Bíblia, pregando que a fé (cristã principalmente) não pode coexistir com a razão e a ciência. Mas elas não estão no mesmo pé de comparação e nem a ciência verdadeira tentou “desmentir” as Escrituras jamais. A ciência nasceu da vontade de compreender o Criador e a natureza - ela é filha legítima do crisitanismo. Os grandes astrônomos, físicos e demais cientistas do passado e presente sempre foram submissos às Escrituras e nunca negaram sua autoridade e a existência de um Deus Criador, Todo-poderoso, que encontramos na Bíblia. Boyle, Faraday, Newton, Joule, Leibniz, Pasteur, Maxwell, Heisenberg, Carlos Chagas… a lista é interminável.. O próprio Einstein certa vez declarou:A todo cientista minucioso deve ser natural algum tipo de sentimento religioso, pois não consegue supor que as dependências extremamente sutis por ele vislumbradas tenham sido pensadas pela primeira vez por ele. No universo incompreensível revela-se uma razão ilimitada. A opinião corrente de que sou ateu baseia-se num grande engano. Quem julga deduzi-la de minhas teorias científicas, mal as compreendeu. Entendeu-me de forma equivocada e presta-me péssimo serviço” [9]

Devemos então reter firmes a confiança de que a Bíblia é a palavra de Deus, infalível e suficiente para nosso caminhar cristão nessa terra e para que conheçamos o Deus que se revelou a nós através deste maravilhoso livro. Nele podemos confiar!!

Rm 15:4: Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.

Termino citando o pastor e teólogo Paulo Anglada:
“O evangelicalismo moderno recebeu, especialmente do século passado, um legado teológico, eclesiástico e litúrgico que precisa ser urgentemente submetido ao teste da doutrina reformada da autoridade suprema das Escrituras. É tempo de reconsiderar as
implicações desta doutrina. É tempo de reavaliar a nossa fé, nossas práticas eclesiásticas e nossas próprias vidas à luz desta doutrina. Afinal, admitimos que a igreja reformada deve estar sempre se reformando - não pela conformação constante às últimas novidades, mas pelo retorno e conformação contínuos ao ensino das Escrituras.
Sabendo que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona em direção ao erro e ao pecado, conhecendo o engano e a corrupção do nosso próprio coração, reconhecendo os dias difíceis pelos quais passa o evangelicalismo moderno (particularmente no Brasil), e a ojeriza doutrinária, a exegese superficial e a ignorância histórica que em grande parte caracterizam o evangelicalismo moderno no nosso país, não temos o direito de assumir que a nossa fé e práticas eclesiásticas sejam corretas, simplesmente por serem geralmente assim consideradas. É necessário submeter nossa fé e práticas eclesiásticas à autoridade suprema das Escrituras.

“Assim fazendo, não é improvável que nós, à semelhança dos reformadores, também tenhamos que rejeitar consideráveis entulhos teológicos, eclesiásticos e litúrgicos acumulados nos últimos séculos. Não é improvável que venhamos a nos surpreender, ao descobrir um evangelicalismo profundamente tradicionalista, subjetivo e racionalista. Mas não é improvável também que venhamos a presenciar uma nova e profunda reforma religiosa em nosso país.
Que assim seja!” [10]

Alguns textos relevantes: Sl 119; Jo 5:39; Sl 19:7-11