| Serie de Sermões em Marcos Titulo: Jesus ensina sobre a importância da humildade – Marcos 9:33-37 Pregado na manhã de Domingo, do dia 10/01/2011, na igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria, por Gustavo Barros |
Marcos 9:33-37 30 Eles saíram daquele lugar e atravessaram a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde eles estavam, 31 porque estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: "O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, e três dias depois ele ressuscitará".32Mas eles não entendiam o que ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe. 33 E chegaram a Cafarnaum. Quando ele estava em casa, perguntou-lhes: "O que vocês estavam discutindo no caminho? " 34 Mas eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior.35 Assentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos". 36 E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles. Pegando-a nos braços, disse-lhes: 37 "Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, não está apenas me recebendo, mas também àquele que me enviou".
Introdução e Contextualização:
Vivemos em uma cultura onde humildade é sinônimo de fraqueza. Quando uma pessoa é humilde ela é geralmente vista como fraca, inferior, boba, estúpida.
Quando alguém promove o bem estar de uma outra pessoa – numa fila de supermercado, banco ou restaurante – essa pessoa é considerada “idiota”. Sempre usam a desculpa do “meu direito”.
Vivemos numa sociedade onde se for preciso humilhar e colocar pessoas para baixo para que você cresça e ganhe poder – que seja feito!
Humildade é um conceito estranho para o coração não regenerado. Não existe humildade para um coração não convertido. Somos orgulhosos por natureza do pecado. Marcos 7:21-22 -Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’ .
Essa mentalidade de vencer, liderar, ter poder sobre as pessoas, ordenar e ser servido tem contaminado muito as igrejas. Os “grandes líderes” religiosos, os pastores, “profetas”, “apóstolos” e “missionários” de hoje em dia são sempre os primeiros, eles têm seus lugares reservados, não pegam filas, são servidos e é esse o exemplo que eles passam para as outras pessoas.
Vejam quantas pessoas freqüentam escolas ou classes de liderança nas igrejas ao nosso redor. As salas de curso sobre liderança estão sempre cheias, pois todos querem liderar. Mas o modo de liderar ensinado e demonstrado por muitos pastores está completamente fora dos padrões deixados por Jesus. Hoje o pastor, o líder tem que ser servido – oposto do que a Bíblia ensina.
Garanto que se eu montar uma conferência “Como Ser o Último” ou “Como Servir a Todos” ninguém virá, mas se a palestra for em “Como Vencer as Batalhas”, “Como Ser um Líder Próspero” irá lotar.
Essa história é sobre a importância da humildade. Assim como nós, esses Doze tinham um grande problema com a humildade.
* Eles foram ensinados errados (teologia triunfalísta – prosperidade) e tiveram maus exemplos do que é ser um líder religioso.
Contexto:
** A partir desse segundo bloco de narrativas em Marcos a ênfase de Jesus é DISCIPULADO – o foco dEle é ensinar esses homens a sã doutrina, pois o tempo da permanência de Jesus entre eles é curto – e muito trabalho tem que ser feito nos corações e mentes desses homens.
* Como vimos na história anterior os discípulos fracassaram em entender o significado dos sofrimentos e da morte de Jesus (30-32). Essas próximas histórias ilustram essa incompreensão devido ao orgulho e busca por poder desses homens.
Aqui, 33-37, vemos que os Doze buscavam a maior e primeira posição para serem servidos e para serem honrados, mas Jesus vai mostrar que no Reino de Deus o maior é o menor - demonstrando essa atitude servindo e amando todos – todos – sem exclusividade – principalmente os mais vulneráveis e dependentes da sociedade.
